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Desafios da liderança: novos modelos de trabalho e as tendências na economia do futuro.
“Em um mercado em constante transformação o aprendizado precisa ser a para a vida toda.”
O que deve ser prioridade para um líder em um mundo complexo e em constante transformação? Em um contexto pós-pandemia com diversas mudanças nas relações de trabalho, é preciso cuidar da gestão de talentos e saber usar os dados e a inteligência artificial. Para Andé Rapoport, diretor de Recursos Humanos da Danone para América Latina e Brasil, o futuro já está acontecendo e o grande desafio para as empresas, principalmente de capital aberto, é conciliar as agendas a curto e longo prazo.
André foi convidado pelo FGV In Company para participar do webinar “Valor e FGV: Tudo o que você precisa saber sobre os desafios da nova gestão”. O debate contou com a participação das coordenadoras do curso Master Class Executivos de Valor Maria Jose Tonelli e Stela Campos, que também é editora de carreira do jornal Valor Econômico.
Com mais de 20 anos de experiência na área de Recursos Humanos e passagem por diversas empresas, André falou sobre sua experiência com a agenda ESG, análise de dados e gestão de pessoas. Segundo o executivo, as ações relacionadas ao ESG- meio ambiente, social e governança devem ser prioridade e muitas empresas estão criando metas e mecanismos, como bônus, para cumprirem seus objetivos. “Além da cobrança da sociedade, existe uma pressão nos conselhos de administração e investidores e quem não estiver dentro da meta não consegue os melhores investimentos”, explica.
Para André, um dos principais problemas atuais na gestão de pessoas é a escassez de talentos. “A gente vive um grande paradoxo aqui no Brasil, com alto nível desemprego e, ao mesmo tempo, uma escassez de talentos”, avalia. Outro desafio, segundo Rapoport, são as equipes multigeracionais. Muitas empresas têm profissionais de 4 ou 5 gerações distintas com demandas diferentes e importantes.
O executivo acredita que diversidade e inclusão são temas obrigatórios e trazem mais inteligência e novas perspectivas para o negócio. "Mas, não podemos pensar só na empresa. As organizações têm, também, um papel social. A gente não pode delegar ao estado para que ele cuide de todas essas questões".
A relação com o trabalho também mudou e as lideranças precisam estar atentas a essa transformação. Segundo André, a pandemia provocou um distanciamento maior em relação ao trabalho. “Eu acredito que o nível de identificação das pessoas com as organizações mudou. Hoje, trocar de empresa é algo que requer um nível de desprendimento emocional diferente do que antes”, avalia.
Para Stela Campos, editora de carreira do Valor Econômico, o modelo de trabalho híbrido é uma forte tendência. Segundo a jornalista, a questão da flexibilidade é um desafio para as empresas. “As pessoas saíram da pandemia diferentes e estão mais conscientes e querem mais flexibilidade e propósito no trabalho”, comenta. Segundo Stela, as carreiras hoje são construídas em forma de “nuvem” e podem ser moldadas de acordo com projetos e experiências profissionais. “As pessoas hoje têm novas possibilidades de carreira e isso tem a ver também com flexibilidade”, conclui.
Diante de tantas mudanças, Maria José Tonelli, coordenadora acadêmica do programa Master Class Executivo de Valor na FGV, explica que para enfrentar a complexidade do cenário econômico, social e dos negócios, é necessária uma mentalidade de aprendizado contínuo. André também ressaltou a importância do Lifelong Learning ou aprendizado ao longo da vida. “A vida profissional é desafiadora e cada vez mais longa e isso reforça a necessidade do aprendizado contínuo”, conclui.
Master Class Executivos de Valor
Vários desses assuntos relacionados ao papel da liderança do futuro fazem parte do programa Master Class Executivos de Valor, organizado pelo FGV In Company em parceria com o Jornal Valor Econômico. Além de professores da FGV, o curso conta com a participação de jornalistas e de alguns dos vencedores do prêmio Executivo de Valor - que destaca os mais importantes CEOs do país em cada área de negócio.
O programa tem início no dia 28 de setembro e a aula de abertura terá a participação de Carlos Brito, ex-CEO da AB Inbev e Edu Lyra, fundador e CEO da Gerando Falcões. Os executivos vão falar sobre como combinar geração de valor e propósito nas organizações.
O curso terá a participação de outros CEO’s e será dividido em cinco módulos: liderança do futuro, gestão de talentos, papel do(a) líder na agenda ESG, novos modelos de trabalho pós-pandemia e tendências da economia do futuro. O curso tem formato live, com aulas ao vivo em dias e horários pré-estabelecidos e é direcionado a profissionais com experiência inicial em gestão que estejam interessados em desenvolver competências e habilidades da nova economia digital. Acesse nosso programa para mais informações.