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O papel do CEO diante das incertezas
Como manter as organizações relevantes, inovadoras e preparadas para o futuro? A resposta a este dilema não é fácil e é uma das principais das preocupações dos CEOs. A importância desta questão é tanta que um terço dos executivos globais acredita que, em apenas dez anos, seus negócios não serão economicamente viáveis caso se mantenham no ritmo atual. Ou seja, só vai sobreviver quem investir em transformação e inovação.
Os dados são da pesquisa “Transformando o futuro, encarando o presente”, realizada pela PwC, que ouviu 4.400 líderes de todo o mundo inclusive do Brasil. Segundo o estudo, 73% dos CEOs acreditam que haverá desaceleração econômica global no próximo ano. Com isso, o que mais aparece como ameaça para suas empresas é a inflação e a instabilidade macroeconômica, seguidas por riscos cibernéticos e conflitos geopolíticos.
Diante desse cenário, as ações que partem da gestão C-level têm um papel importante no enfrentamento a esses desafios. Por isso, os CEOs precisam investir e capacitar as equipes, além de tomar decisões para realizarem as mudanças necessárias. Segundo especialistas, os executivos que ocupam cargo de alta gestão devem ter habilidades como jogo de cintura, humildade e sabedoria para a condução dos seus times e negócios.
Para ajudar aos executivos a enfrentarem esse momento de adversidades, a FGV desenvolveu os programas CEO e C-Level, que contam com a expertise da equipe acadêmica da FGV aliada as mais novas práticas do mercado. Segundo Janaína Spessoto, gerente do programa C-Level, os cursos são centrados no participante, com enfoque prático e discussão de casos orientados para a superação de desafios. “O tema deste ano CEO- Liderando na era de ansiedade e incerteza - reflete a profunda ansiedade que percebemos nos participantes. Quando os executivos não conseguem compreender ou antecipar como suas organizações vão reagir a potenciais ameaças, seus níveis de estresse e ansiedade aumentam”, explica.
O programa é dividido em três módulos que englobam palestras e cases apresentados por executivos de grandes organizações. De acordo com Gilberto Sarfati, coordenador acadêmico do programa na FGV, a diferença do curso CEO para o C-Level, é que além dos módulos estratégia e liderança há um terceiro módulo voltado para competência funcional que é escolhido pelo executivo (marketing, finanças, tecnologia, operações e gestão de pessoas).
Para atender a agenda dos executivos, os módulos são independentes e têm carga horária 40 horas/aula. Podem participar líderes que já atuam em nível gerencial, diretoria ou C-Level, além de diretores e executivos que se formaram em programas de pós-graduação e que tenham experiência em cargos gerenciais estratégicos. “O interessante do curso é que além da oportunidade de conhecer outros executivos e criar um networking, os participantes fazem uma verdadeira imersão em desafios estratégicos com aprofundamento em temas como liderança e inovação, estratégia corporativa e de negócios e competência funcional”, finaliza o coordenador Gilberto Sarfati.